08/01/2011

Ninguém é quem queria ser

Manuel Cruz 

Somos a fachada
De uma coisa morta
Em vida como que a bater à nossa porta
Quando formos velhos
Se um dia formos velhos
Quem irá querer saber quem tinha razão?
De olhos na falésia
Espera pelo vento 
Ele dá-te a direcção

(...)

Diz-me se ainda esperas encontrar o sentido mesmo sendo avesso a vê-lo em ti vestido. 
Não tens de olhar sem gosto. 
Nem de gostar sem ver.
Ninguém é quem queria ser. 


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