A (minha) essência

Eu tenho as minhas dúvidas, a sério. Não me parece sensato serem ditas tantas palavras, por entre tantos outros gestos, que afinal acabam por valer muito menos do que o que carregam. As pessoas perdem-se umas nas outras, por motivos que não têm justificação aparente – ás vezes é porque nos sentimos confortados pelo olhar da outra pessoa, outras vezes porque gostamos do corte de cabelo que tem e outras tantas porque quando se ri, nos faz rir a nós. Há mais do que uma teoria em relação a este assunto que é a atracção, o gostar de alguém e querermos estar com essa pessoa, mas o que é certo é que isso não basta. Não é suficiente sentirmo-nos bem e também não serve só que nos façam sentir bem. Isso também conseguimos alcançar quando comemos o nosso gelado preferido ou fazemos o que realmente gostamos. Estar junto é mais do que isso e para mim, cada vez mais, o importante é que além do amor, da amizade, da cumplicidade e da possível sintonia, exista alguém que nos mostre a verdade, que seja verdadeiro.
A verdade na minha essência faz-me acreditar que os outros também vão ser transparentes comigo. Que mania esta a minha..hum! Mas é exactamente por isso que depois de batalhar em guerras em que me atacam com armas de plástico, descubro que eu não posso ser destruída e que sou mais forte que todos os outros que têm tentado pôr-se no meu caminho a bem ou a mal, que não sabem ser fieis a si próprios e acabam fora da minha vida porque eu assim decidi.
 Ao menos sinto-me confortável no meio desta ilusão de conseguir encontrar a verdade.