Não me atreveria a falar de amor.
Não sei o que é isso, não sei perceber.
Acho que é uma coisa muito grande, grande de mais para ser explicada por palavras. Percebe-se o amor no olhar, nos gestos mas nas palavras é mais dificil.
O verdadeiro amor, onde é que ele está?
Ou melhor, por acaso, o verdadeiro amor existe?
Quando se ama pensa-se que é verdadeiro, caso contrário, porque chamar-lhe amor? Amor só é amor quando é verdadeiro.
Ou não?
Quem é que descobre isso?
Já alguém conseguiu perceber onde é que se encontra?
Nos cantos das casas, quartos, ruas, na estrada, ou nas nuvens? Não é assim tão simples, dizem que se encontra no coração. E quando é que nos apercebemos disso? De repente? Ou é só a noite?
Normalmente dizem que o amor cura tudo. Mas e se for o principal problema?
O amor é uma questão incompreendida.
Nunca é para sempre, porque a morte o separa.
Então?
Quando é que se ama?
Quando o coração manda provavelmente.
Mas o coração sabe o que é o amor?
De certeza que não.
No entanto, sabe muito bem o que são expectativas. Pelos vistos o amor consegue ser ultrapassado por elas cada vez que aparece. Mal as temos, está tudo estragado.
Cheira-me que falar de amor traz embaraço. Mas é bom. Só que nem sempre.
Mas eu, eu não me atreveria a falar de amor.
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